A Expresso Valônia, responsável pelo transporte coletivo em Itajubá, ainda não pagou o salário dos funcionários esse mês. Em janeiro deste ano, os funcionários chegaram a cogitar uma greve por falta de pagamento e em fevereiro cerca de 50 funcionários foram dispensados da empresa.
Na época, o sindicato da categoria chegou a acionar a justiça para que os salários fossem pagos. Segundo um funcionário da Valônia, que entrou em contato com o jornalismo, a gerência da empresa afirma não haver dinheiro para pagar os trabalhadores e que tentará honrar com os vencimentos hoje.
“A gerência disse que se a prefeitura não ajudar a Valônia, talvez a partir de agosto nem vai rodar. Porque não está entrando dinheiro”, explica o motorista.
A prefeitura criou em fevereiro uma comissão para fiscalizar a prestação do serviço de transporte público no município. A comissão, formada por servidores públicos, tem a função de analisar todos os detalhes do contrato com a empresa Expresso Valônia, sanar as demandas da população e fiscalizar o serviço prestado pela empresa de transportes.
Nosso jornalismo entrou em contato com o gerente da Valônia, Romeu Fiúza, que confirmou o atraso nos salários. Ele disse que soltará em breve um nota à imprensa com maiores informações sobre a situação financeira da empresa.
Em maio de 2020, em conversa com o nosso jornalismo, Fiúza afirmou que a empresa poderia parar de rodar por problemas financeiros. O motivo seria a queda de 90% do faturamento da por conta da pandemia do novo coronavírus. Na época ele disse que a empresa estava com poucos recursos e fazia esforço para manter os funcionários.