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ITAJUBÁ NÃO LIBERTOU ESCRAVIZADOS ANTES DA LEI ÁUREA

13 de maio é o Dia da Abolição da Escravatura no Brasil. Apesar da crença popular de que Itajubá foi a primeira cidade em Minas Gerais a libertar os escravizados antes da Lei Áurea, ganhando o apelido de “Cidade Luz”, a verdade histórica é mais complexa.

Segundo o livro, duas reuniões foram convocadas em 11 de março de 1888: uma por Francisco Braz Pereira Gomes com os fazendeiros da freguesia de Vargem Grande (atual Brazópolis) e outra pelo Capitão Antônio José Rennó, que contou com a participação dos senhores da Vila de Itajubá e da freguesia de Santa Rita do Sapucaí.

Em 1888, a pressão para a abolição já era muito grande no Brasil e movimentos abolicionistas e republicanos ganharam muita força. No começo daquele ano a abolição era apenas uma questão de tempo.

Os dois grupos concordaram e tomaram a seguinte decisão. “Considerando os interesses humanitários, sociais e agrícolas, fica estabelecido que com o ônus da prestação de serviços aos signatários desta, até o dia 25 de dezembro ficam libertos todos os escravos, se antes por lei não gozarem deste benefício, com a condição de prestação de serviços até o dia 25 de dezembro”.

Para os escravizados de Itajubá até o dia 7 de setembro não seriam pagos salários. Os salários seriam pagos de setembro até o dia de natal. Depois, ficariam, de fato, libertos.

De acordo com o livro da Câmara, “Pela forma como a questão é apresentada pela imprensa local, verifica-se que os reais propósitos dos fazendeiros não eram abolicionistas, mas sim a defesa de sua propriedade e a antecipação de uma possível reação dos seus escravos, face aos acontecimentos que vinham ocorrendo nas províncias vizinhas”.

A libertação dos escravizados dois meses antes da Lei Áurea como mencionado em diversos livros sobre a história de Itajubá não ocorreu, de fato. Os negros continuaram cativos e foram definitivamente libertos em 13 de maio, por força da lei, sem direitos ou reparação, e não por seus senhores, que apenas queriam garantir que a mão de obra continuasse a seu serviço, mesmo se viesse a abolição.

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