Natural de Itajubá, o cientista Ricardo Galvão assumiu nesta terça-feira (17) a presidência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão responsável por financiar bolsas de pesquisas de graduação e pós-graduação superior no Brasil.
Em seu pronunciamento no CNPq, ao assumir a posse, o pesquisador, emocionado, afirmou que a ciência brasileira sobreviveu ao negacioanismo. “Há pouco mais de dois meses derrotamos a truculência que existia em nosso País. Essa cerimônia é a comprovação de que a ciência sobreviveu ao cataclismo de um governo negacionista. Agora voltaremos a ter investimentos em ciência e isso passa pelo fortalecimento do CNPq”, disse.
O nome de Galvão ganhou a mídia mundial em 2019, quando foi demitido do cargo de direção do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), por divulgar dados sobre o aumento do desmatamento na Amazônia.
Galvão é professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) desde 1983. Entre 2005 a 2012 foi diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e de 2013 a 2016 presidiu a Sociedade Brasileira de Física.
Entrou na lista da revista “Nature” como os 10 cientistas que se destacaram em 2019, a publicação é o um dos maiores veículos para a divulgação científica do mundo.