Itajubá enfrenta um aumento significativo dos casos prováveis de dengue em 2024. Segundo o último Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, a cidade já contabiliza 2.376 casos prováveis da doença, com mais de 1.000 casos registrados em menos de um mês.

Os casos prováveis de dengue são situações clinicamente compatíveis, mas que carecem de confirmação laboratorial ou vínculo epidemiológico estabelecido. São pacientes que apresentam sintomas característicos da doença e buscam assistência médica, porém não realizam os exames para confirmar o diagnóstico.

Para compreender a gravidade desse surto em 2024, basta observar os números do ano anterior. Durante todo o ano de 2023, Itajubá registrou apenas 43 casos de dengue. Contudo, em pouco mais de quatro meses deste ano, o município já ultrapassou a marca dos 2.000 casos, evidenciando uma epidemia em desenvolvimento.

A situação não é isolada. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) apontam que o número de casos da doença continua crescendo em toda a região do Sul de Minas. Somente nesta semana, foram quase 10 mil novos registros e 12 mortes confirmadas.

Apesar do cenário preocupante, algumas cidades da região têm se mantido livres da doença. Marmelópolis e Pedralva, localizadas na Região Imediata de Itajubá, estão entre as cinco cidades que não registraram nenhum caso de dengue. Alagoa, Bandeira do Sul e Jesuânia também estão fora das estatísticas da doença.

A situação é crítica em todo o Brasil, com quase 3 milhões de casos registrados até o momento, representando quase o dobro das notificações de todo o ano anterior. Em pouco mais de três meses, 1.116 vidas foram perdidas para a dengue, um número levemente menor do que em 2023.

O Ministério da Saúde destaca que oito estados, incluindo Minas Gerais, Amazonas, Goiás e o Distrito Federal, apresentam uma tendência clara de queda nos casos de dengue. No entanto, doze estados demonstram estabilidade, enquanto outros sete enfrentam uma tendência de aumento da doença.