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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, inaugurou ontem na Universidade Federal de Itajubá (Unifei) o Centro de Hidrogênio Verde (CH2V), visando a transição energética e potencializando a energia sustentável no Brasil.
Parceria entre a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ) e a Unifei, a iniciativa tem como objetivo agregar várias frentes de pesquisas que incluem a análise do uso de hidrogênio verde em processos industriais, na geração de energia elétrica e na busca por alternativas sustentáveis para a mobilidade urbana.
“O que está sendo feito em Itajubá serve de inspiração para todo o Brasil. A inauguração deste importante Centro de Hidrogênio Verde, o CH2V, aqui, na Universidade Federal de Itajubá, é exemplo nacional na implementação de plantas de produção de hidrogênio. É Minas Gerais que confirma sua tradição de vanguarda. É o Brasil que reafirma seu papel central no mundo que precisa da descarbonização”, destacou o ministro.
Para Alexandre Silveira, a parceria do Brasil com a Alemanha só comprova o compromisso do Brasil com a transição energética. “Essa entrega é também exemplo do que podemos alcançar com a cooperação internacional pela Transição Energética. A colaboração entre Brasil e Alemanha, que há décadas tem produzido frutos nas áreas de energia sustentável e de eficiência energética, alcança mais um grande marco. Esse Centro de Hidrogênio Verde, aqui na UNIFEI, vai ajudar a expandir o mercado de hidrogênio verde no país”, disse.
Participaram da inauguração diversas autoridades, além do ministro, também estavam presentes o prefeito de Itajubá, Christian Gonçalves, vereadores, representantes da Unifei, além dos deputados Odair Cunha (PT) e Rafael Simões (PSDB).
“Essa inauguração confirma a vocação da Unifei como vanguarda de seu tempo. Nós precisamos acelerar o processo de transição energética, a mudança no clima exige isso e, com certeza, a academia aqui de Itajubá tem muito a contribuir, de forma que o laboratório é um instrumento muito importante. Agora, com o governo do presidente Lula, em que a ciência tem preponderância, investimentos como esse vão acontecer de maneira mais permanente e é o que a gente deseja”, disse Odair Cunha.
Simões disse que o dia foi histórico. “É um momento onde todo o mundo fala dessa mudança de matriz energética e a Unifei tem um papel fundamental. Acho que tem que haver uma parceria muito próxima do Ministério da Minas e Energia com a Unifei porque daqui saem grandes profissionais e grandes ideias”.
O HIDROGÊNIO VERDE
O hidrogênio (H²) é um dos materiais que estão sendo estudados em vários países do mundo como opção para substituir derivados do petróleo. No entanto, ainda há várias questões técnicas a serem resolvidas antes de que ele possa ser usado em larga escala.
O hidrogênio é obtido a partir da água, em um processo de eletrólise: com o uso de energia elétrica, as moléculas de oxigênio e hidrogênio que formam a água são separadas, gerando hidrogênio puro.
Ao ser queimado como combustível, o hidrogênio não gera poluentes, como o gás carbônico gerado pela gasolina, por exemplo. Ele pode ser usado para alimentar caldeiras industriais e motores variados, como os de carros, ônibus e caminhões.
O hidrogênio verde ganha esse nome quando sua produção é feita usando energia de fontes limpas. Como o Brasil gera a maior parte de sua energia via hidrelétricas, o país tem forte potencial para se tornar um grande produtor de hidrogênio verde.
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), atualmente menos de 1% do total de hidrogênio usado no mundo é gerado sem emitir poluentes.