O aeroporto de Itajubá, que teve a construção paralisada em 2016, deverá ser um dos beneficiados pelos investimentos do programa Voa Brasil, do Governo Federal. O anúncio de investimentos em aeroportos de Minas Gerais foi feito pelo Ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, durante uma visita em Belo Horizonte, no final de semana passado.
Na oportunidade, o ministro revelou que dos 100 aeroportos brasileiros a receber investimentos nos próximos anos, quatro estão em Minas Gerais. O valor total do investimento, proveniente do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), será de R$500 milhões.
“Serão R$ 60 milhões para o Aeroporto de Governador Valadares (Leste de Minas) que voltará a ser administrado pela Infraero, R$ 100 milhões para o de Itajubá (Sul) e o restante para o Aeroporto de São Sebastião do Paraíso (divisa com o estado de São Paulo) e para um quarto terminal ainda a ser definido”, detalhou o senador Carlos Viana (Podemos-MG), que acompanhou o ministro na visita aos três aeroportos do Estado.
“Estamos estimando mais voos e mais gente voando. Para que isso aconteça, em especial dentro do próprio Estado, é preciso ter aeroportos mais próximos, aeroportos regionais operando”, ressaltou o ministro Márcio França na ocasião.
O programa Voa Brasil pretende ampliar o número de voos e passageiros que atualmente gira em torno de 10% da população brasileira. O projeto prevê que um brasileiro que não tenha voado nos últimos 12 meses possa comprar até quatro passagens a R$200.
Foco de uma grande novela, o projeto do aeroporto de Itajubá prevê a execução de pista de pouso e decolagem para aeronaves de até 48 passageiros, vias de acesso, pátio de estacionamento para aeronave, terminal de passageiros e seção de combate a incêndio.
O aeroporto teve investimento de R$ 64,17 milhões do Governo do Estado, a obra teve início em 02 de julho de 2013, foi paralisada em 23 de setembro de 2013; depois reiniciada em 18 de dezembro de 2013; paralisada novamente em 01 de novembro de 2014, retomada em julho de 2015 e concluída em setembro de 2016. Desde então, a obra está paralisada.
Há ainda a informação de que o investimento do Governo Federal no aeroporto abre caminho para uma federalização do empreendimento, que atualmente é de responsabilidade do Governo do Estado.