A Universidade Federal de Itajubá divulgou, nesta quarta-feira, nota apoiando a decisão dos alunos que se posicionaram contrários à desapropriação da sede do Diretório Central dos Estudantes (D.A./Bar Cultural) em assembleia realizada na semana passada.

A nota, que não está assinada pelo reitor Edson Bortoni, vem após pressão de estudantes por uma posição oficial da universidade. De acordo com a nota, a reitoria aguardou a decisão oficial do DCE sobre o assunto para se posicionar.

“A Reitoria da Universidade Federal de Itajubá reitera, por meio desta nota, seu compromisso com a comunidade discente e seus interesses, apoiando a decisão votada e aceita em assembleia, através de um processo democrático e em conformidade com o estatuto do DCE. Estamos empenhados em continuar fornecendo todo o suporte necessário aos nossos alunos em suas decisões em relação à sede social do DCE”, diz a nota.

O prefeito Christian Gonçalves chegou a afirmar que tinha o apoio da Unifei e do próprio DCE para o projeto de desapropriação, mas a situação mudou depois da troca da diretoria do diretório. A nova gestão se posicionou contrária e contou com apoio dos alunos reunidos em assembleia. A reitoria, sob o comando de Bortoni, se viu, então, na obrigação de recuar de seu apoio à iniciativa de Christian. Na posse da nova gestão, no prédio do D.A., o reitor não citou a questão da desapropriação e afirmou que o D.A. continuaria sendo o maior da América Latina “aqui ou em outro lugar”. Na ocasião, a presidente do DCE, Ana Almeida, lembrou do compromisso da reitoria em apoiar qualquer decisão que fosse tomada pelos alunos.

Proposta rejeitada. O DCE divulgou nota também nesta quarta informando que os dirigentes se reuniram com o prefeito Christian Gonçalves na segunda-feira. O prefeito ofereceu, de forma informal, um terreno não especificado, de dois mil metros quadrados no parque municipal, em concessão por 50 anos mais a quantia de quatro milhões e exigiu que fosse feita nova assembleia. O DCE decidiu não haver motivo para nova assembleia porque a decisão dos alunos foi por recusar a desapropriação amigável do prédio do D.A.