A paralisação parcial das linhas de ônibus da Valônia, responsável pelo transporte coletivo, completou um mês em Itajubá nesta quinta-feira (2) e segue sem solução.
No dia 20 de agosto, após quase três semanas de paralisação, a prefeitura a acionou o Ministério Público para tentar resolver a situação.
De acordo com nota da administração municipal, é um requerimento enviado ao órgão, que age como fiscal da lei, atuando na intermediação de conflitos e na defesa do interesse coletivo. Ainda não se trata de judicialização e até o momento o resultado da ação não foi divulgado, nem pela prefeitura nem pelo Ministério Público.
Depois da pressão dos moradores, no dia 24 de agosto, voltaram duas linhas no bairro Rio Manso, na zona rural. De acordo com a Associação de Moradores, muitas pessoas que moram no local chegavam a andar 10 km a pé para pegar o ônibus no bairro Ano Bom, o mais próximo da região, e muitos perderam os empregos por falta de condução.
A Valônia retomou as linhas das 5h40 e 18h10 no Rio Manso, após o caso ser retratado em uma rede de televisão.
A Expresso Valônia alega apresentar problemas financeiros desde maio de 2020. Na época, o gerente da empresa, Romeu Fiuza, disse que a empresa poderia parar de rodar e o motivo seria a queda de 90% do faturamento por conta da pandemia.
Em janeiro deste ano, os trabalhadores da empresa chegaram a cogitar uma greve por falta de pagamento e em fevereiro, cerca de 50 funcionários foram dispensados.
A prefeitura criou em fevereiro de 2021 uma comissão para fiscalizar a prestação do serviço de transporte público no município. A comissão, formada por servidores públicos, tem a função de analisar todos os detalhes do contrato com a empresa Expresso Valônia, sanar as demandas da população e fiscalizar o serviço prestado pela empresa de transportes.
Nosso jornalismo tentou contato com a Expresso Valônia para saber sobre a possível volta de novas linhas, mas até o fechamento da matéria não tivemos retorno.