Um projeto de Lei apresentado pelos vereadores Rafael Rodrigues (DEM) e Chiquinho do Euzébio (PTB) quer regulamentar a prática de rodeios em Itajubá. O texto foi apresentado na Câmara Municipal na semana passada e é alvo de polêmica, principalmente nas redes sociais, mesmo sem ter ido para votação.

A iniciativa tem como objetivo autorizar a prática dos rodeios sob uma série de regras. No texto ficaria proibindo provas como laço, vaquejada e pega do garrote. Além do rodeio, também ficariam permitidas as montarias, prova de três tambores, cavalgada, hipismo e provas de rédea.

Uma lei federal sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) regulamentou, em 2019, a vaquejada e o rodeio no país. Naquele ano, os dois passaram a ser considerados expressões esportivo-culturais pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro.

Em 2013 um projeto semelhante do ex-vereador Rui Martins (PSL) tentou regulamentar os rodeios em Itajubá. Após uma longa discussão no Legislativo, o texto acabou sendo arquivado sem a aprovação dos vereadores.

Para a dupla de vereadores, a liberação dos rodeios sob regras específicas é importante para Itajubá. “Em toda a região de Itajubá, existem milhares de aficionados pelos rodeios e provas equestres, tornando o presente projeto de Lei grande atrativo de investimentos e recursos para nossa cidade”, afirmam.

Os dois parlamentares acreditam que a iniciativa poderá gerar empregos na cidade. “Destacamos as contratações de profissionais locais para prestação de serviços durante os eventos”, dizem.

Na Câmara Municipal, vereadores criticaram a proposta de Rafael e Chiquinho. Para Sílvio Vieira (PV), defensor da causa animal, o texto não pode ser aprovado. “Foi apresentado um projeto de Lei sobre a regulamentação de rodeios na cidade de Itajubá. Sou contra”, disse.

Vereadores do Mandato Coletivo Nossa Voz (PT) também criticaram a proposta nas redes sociais. “Quem nos conhece já sabe, mas não custa reforçar: o Mandato Coletivo é contra o projeto de Lei que regulamenta rodeios em Itajubá. Queremos cultura, e não tortura”, afirmaram. Os vereadores Pedro Gama (PV) e Marcelo Krauss (Progressistas) também se posicionaram contrários em suas redes sociais.