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A Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel) anunciou que irá testar os funcionários que tiveram contato com Raimundo Lourenço Simões, coordenador da empresa, que morreu de covid-19 na última sexta-feira (12). Porém, a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) exige a testagem em todos os trabalhadores da fábrica.
O vice-presidente da CIPA, Carlos Everton, participou do programa Espaço Livre desta quarta-feira (17). Segundo o representante da comissão, é difícil mensurar quem teve ou não contato com Lourenço, por isso, todos os funcionários precisam fazer exame para o novo coronavírus. “Muitos vão trabalhar de ônibus. É injusto e irresponsável não testar todos. A empresa se nega a responder o sindicato, estamos preocupados como será a volta ao trabalho no dia 24 de junho”, pontua.
De acordo com Carlos, são 400 trabalhadores ativos na fábrica nos últimos 30 dias. Além dos testes, a CIPA quer que a empresa coloque os funcionários em licença remunerada por 30 dias. “Não é um serviço essencial e termos que pensar na saúde da comunidade. Outra questão é que deixaram em casa apenas pessoas acima de 60 anos. Não concordamos, pois hipertensos e diabéticos também são grupos de risco”, esclarece.
Nosso jornalismo entrou em contato com a assessoria da Imbel em Brasília. De acordo com a empresa, a aquisição dos kits de testes para covid-19 já está em andamento. A prefeitura, em parceria com a fábrica, realizou a coleta de material de exame na residência de todos os trabalhadores que tiveram contato Lourenço. A Imbel não divulgou quantas pessoas serão testadas.
No último domingo (14), a fábrica decretou quarentena de 14 dias para os funcionários de Itajubá. Os trabalhadores ficarão de licença até 24 de junho. Simões trabalhava há 18 anos na empresa e apresentou febre alta e sintomas respiratórios dentro da unidade. Ele foi internado na UTI da Santa Casa, mas não resistiu.